sábado, março 24, 2007

Alergias




O que são alergias?

Chama-se alergia a uma sensibilidade anormal do organismo a algo que se come, inala ou se contacta, e que se pode manifestar por diversos sintomas e sinais. Normalmente o sistema imunitário, que serve para o organismo detectar e combater as substâncias ou microorganismos como bactérias ou vírus que podem ser perigosos, consegue distinguir entre aquilo que lhe é prejudicial e o que é inofensivo ou até útil e portanto não necessita ser combatido.

Nas pessoas que sofrem de alergias o sistema imunitário pode por vezes "enganar-se" e lançar um ataque a uma substância perfeitamente inofensiva como por exemplo pólen, pêlos de animais, certos alimentos ou medicamentos.

Embora muitas alergias não passem apenas de manifestações mais ou menos incómodas, podem por vezes, no entanto, tornar-se potencialmente perigosas para a saúde e necessitar de vigilância e tratamento rigorosos.

Basicamente uma reacção alérgica é o que acontece quando o sistema imunitário desenvolve uma defesa contra aquilo que julga ser um invasor hostil para o organismo. Primeiramente existe uma fase chamada sensibilização em que a pessoa é exposta ao alergeno (substância que provoca a alergia), e durante a qual são produzidos os anticorpos - substância químicas formadas em certos tipos de glóbulos brancos do sangue - e cuja principal função é combater a infecção e outros invasores do corpo. Nas situações de alergias o que acontece é que são fabricados anticorpos que vão combater substâncias inofensivas como um dado alimento, medicamento ou mesmo bactéria.

O nosso organismo produz cinco diferentes classes de anticorpos ou imunoglobulinas: IgA, IgM, IgG, IgD e IgE, cada uma destinada a determinado tipo de funções. As implicadas na reacção alérgica são as IgE que se ligam aos alergenos e a dois tipos de células, os mastócitos (que se encontram no nariz, pele, pulmões e zona gastro-intestinal) e os basófilos (circulando maioritariamente no sangue). Existem também outras células, os eosinófilos, que sendo atraídos para a zona afectada reforçam a reacção alérgica causando inflamação e inchaço.

São estas células, estimuladas pelas imunoglobulinas, que libertam uma série de produtos mediadores que vão causar o prurido, espirros, corrimento nasal, e os outros sintomas das alergias. Entre esses mediadores o mais conhecido é a histamina. Geralmente os sintomas vão-se localizar na zona por onde o alergeno fez a sua entrada. Nos pulmões se for aspirado, na pele se for por contacto directo, nos intestinos se for ingerido um alimento a que se é alérgico.

Cientistas descobrem como HIV afecta as células do sistema imunitário







Um grupo de cientistas dos EUA e da África do Sul descobriu como o vírus da Sida afecta células do sistema imunitário que deviam atacar a infecção, revela um estudo publicado na Nature.

Os investigadores do Massachusetts General Hospital, Bóston, EUA, e da University of KwaZulu-Natal, África do Sul, descobriram o mecanismo molecular que torna ineficaz a reacção do vírus, bem como a forma de restaurar as células imunitárias. Esta descoberta poderá ajudar a perceber o facto de o sistema imunitário não conseguir combater o HIV.

Para a realização do estudo agora feito foram recolhidas amostras de sangue de 71 pessoas infectadas com o HIV que ainda não tinham começado os tratamentos com anti-retrovirais, na região de Durban, na África do Sul.

Os cientistas verificaram que o HIV inibe o funcionamento das células T do sistema imunitário, que, em circunstâncias normais, atacariam o vírus. De acordo com os cientistas, em causa estão as células CD8, uma molécula que o vírus usa como porta para as invadir. Quando o HIV se acumula no sangue, as células CD8 começam a produzir em demasia uma molécula receptora, chamada «morte programada 1» (PD1), que se instala na sua superfície e a torna mais fraca e com menor capacidade de produzir produtos químicos, como as citoquinas, que atacam o vírus. Logo, as CD8 deixam de funcionar como sentinelas.

Os autores do estudo concluíram que os anti-retrovirais não conseguem colmatar essa disfunção. Contudo, as células acabaram por ser recuperadas após o uso de anticorpos que bloqueiam a molécula receptora PD1.

Fontes: Público e Imprensa Internacional

Estudo publicado na Nature 10 de Novembro 2006

sexta-feira, março 23, 2007

Sistema imunitario

Conjunto de diversos tipos de células e orgãos que protegem o organismo de potencias agentes agressores biológicos. Este sistema também é responsável pela vigilancia e destruição de celelas envelhecidas ou anormasi (cancros) do proprio organismo.


Os constituintes do sistema imunitário são:
  • Os diferentes tipos de leucócitos e macrofagos
  • A medula vermelha dos ossos e o timo, onde se formam os leucocitos.
  • O baço, os ganglios linfaticos, a apêndice, as amigdalas é onde se concentram os leucocitos

Existe três tipos de fagocitos (celulas que destroiem os agentes patogénicos "engolindo-os") :


  • Neutrófilos- São os fagócitos mais abundantes na corrente sanguínea, têm a capacidade de reconhecer e atacar agentes patogénicos em tecidos infectado
  • Monócitos- Diferenciam-se em macrófagos com um tempo de vida superior podendo assim destruir um numero superior de agentes patogénicos.
  • Eosinófilos- tem como principal função matar parasitas.

Temos também os linfócitos que são os principais responsáveis pela defesa especifica, estes dividem-se em linfócitos T e linfócitos B e combatem de forma mais eficaz o agente invasor.

Arroz com vitamina A

Engenharia Genética manipula planta do arroz


Dois cientistas alemães, entregaram as primeiras sementes de uma planta do Arroz geneticamente modificada ao Instituto do Arroz Filipino em Los Banos. Peter Beyer (Universidade de Freiburg) e Ingo Potrykus (Escola Superior Técnica de Zurique) dedicaram 10 anos das suas vidas no desenvolvimento desta planta.


Espera-se que este Arroz "dourado" (devido a seu alto teor em beta-carotenos, precursores da Vitamina A) possa num futuro próximo reduzir as carências vitamínicas nos continentes Africano e Asiático. Segundo a O.M.S. (Organização Mundial da Saúde) morrem todos os anos 1 a 2 milhões de crianças, e cerca de meio milhão perde a visão devido à carência em vitamina A . Este Arroz deverá ser distribuído gratuitamente entre os agricultores da região.
Fonte: mni.pt

Biotécnologia

Vacinas do futuro serão o fruto da «tecnologia dos transgénicos»
Último avanços na área são muito prometedores, afirmam cientistas
A engenharia genética, normalmente criticada por grupos ambientais e consumidores pelo seu papel na alteração de alimentos, pode ter encontrado um nicho capaz de ajudar a salvar a vida de milhões de pessoas afectadas pela maioria das doenças endémicas do mundo.
Com o uso das técnicas utilizadas na biotecnologia que incorporam genes úteis na variedade quase ilimitada de plantas comuns, desde o tabaco até à batata ao tomate ou até à banana, os cientistas pretendem criar vacinas baratas, permanentes e comestíveis para combater várias doenças.
Doenças como a cólera, a tuberculose e a hepatite são responsáveis pela morte de milhões de pessoas todos os anos, incluindo muitas crianças em países em desenvolvimento. Por isso, são vários os laboratórios em todo o mundo que se voltaram para o desenvolvimento de vacinas a partir de componentes que podem ser extraídos a partir de plantas alteradas. Actualmente, a grande esperança, realista segundo a comunidade científica, é de que a luta da humanidade contra a malária, que já dura há séculos, pode estar perto do fim com a descoberta no ano passado do primeiro mosquito transgénico do mundo.
Até agora, a enorme variedade de aplicações potenciais da biotecnologia na luta contra as doenças parece não ter uma finalidade óbvia. «Estas tecnologias são muito recentes e não sei quando teremos vacinas disponíveis comercialmente. Mas a verdade é que esta possibilidade é fascinante.» Estas afirmações são de Mike Steward, imunologista na London School of Hygiene and Tropical Medicine.
Os cientistas podem, por exemplo, inserir genes do veneno de uma aranha em cereais como o milho tornando a planta resistente a insectos e a aves que dela se alimentam ou inserir genes de espécies específicas de peixes em tomateiros para estender a época de crescimento ao Inverno.
No que diz respeito ao desenvolvimento de vacinas, o último avanço neste domínio refere-se ao isolamento de uma proteína não-tóxica a partir do veneno de um escorpião comum em alguma zonas do Brasil. Quando essa proteína foi injectada em animais, provou ser uma potencial vacina na medida em que ela forneceu uma forte imunidade contra o veneno desse escorpião.
O problema é que a quantidade de proteína que pode ser extraída é muito limitada, pelo que, de momento, só será possível produzir a vacina para um número muito restrito de pessoas. De acordo com os investigadores, apenas as pessoas mais expostas ao perigo de serem picadas por escorpiões daquela espécie poderão ser vacinadas numa primeira fase.
Fonte: mni.pt

quinta-feira, março 22, 2007


Síndrome de Down


O que é?

O síndrome de Down ou trissomia 21 (vulgarmente conhecido por "mongolismo") é uma doença genética que atinge em média 1 em cada 700 recém-nascidos e que resulta da existência de um cromossoma 21 em excesso.



Quais são as causas?


A trissomia 21 pode ser denominada simples, quando existem 3 cromossomas 21 separados ou então resultar de um cromossoma 21 a mais que se encontre "colado" a outro cromossoma (translocação).A primeira situação é a mais frequente e é consequência de um erro na divisão das células sexuais, ficando uma delas (óvulo ou espermatozóide) com um cromossoma 21 em excesso, pelo que resultam 47 cromossomas no final. As razões deste erro não são conhecidas, mas como é uma situação acidental o risco de recorrência numa gravidez é mínimo. A trissomia por translocação é uma situação rara, resultando também de um erro na divisão das células sexuais, mas o cromossoma 21 a mais "cola-se" num outro cromossoma e por isso apresentam um total de 46 cromossomas. O risco de ter um filho com síndrome de Down aumenta com a idade da mãe, sendo por exemplo de 1:1578 aos 15 anos de 1:6 aos 50 anos.


Fonte:Dra. Elisa Proença Fernandes - PediatraMNI

Mutações cromossómicas

As mutações cromossomicas podem ocorrer quer em autossomas quer em cromossomas sexuais, e podem desencadear um conunto de sintomas, globalmente designado por síndrome.
Nas mutações cromossómicas estruturais mantem-se o numero de cromossomas mas ocorrem perdas, ganhos ou rearranjos de determinadas porções de crmossomas. Existem quatro tipos de mutações cromossómicas estruturais diferentes:
  • Delecção- Perda de material cromossómico. Tem frequentemente consequencias graves, excepto se afectar genes não necessários.
  • Translocação- Transferencia de material de um cromossoma para outro não homologo (translocação simples) ou troca de segmentos entre dois cromossomas não homologos(translocação reciproca).
  • Duplicação- Adição de um segmento cromossomico resultante de um cromossoma não homologo, duplicando-se um conjunto de genes.
  • Inversão- Rotação d 180º de um segmento cromossomico em relação a posição normal, com inversão da ordem dos genes.

Nas mutações cromossómicas numéricas envolve a falta ou excesso de cromossomas para determinadas caracteristicas.

  • Euploidia- O cariótipo apresenta um numero normal de cromossomas.
  • Aneuploidia- O cariótipo, num determinado par de homologos apresenta anomalias, por excesso ou por defeito no numero de cromossomas.
  • Poliploidia- Todo o conjunto de cromossomas é multiplicado.

Dentro das mutções cromossómicas numericas Aneuploides existe ainda:

  • Trissomia- O individuo apresenta não um par mas três cromossomas para a mesma caracteristica.
  • Monossomia- Para um determinante par o individuo possui apenas um cromossoma.
  • Nulissomia- Não ha nenhum cromossoma para uma determinada caracteristica.
Mutações génicas (continuação)

As mutações génicas podem ser:
  • Silenciosas: Em que o codão mutado codifica o mesmo aminoacido, não afectando assim o fenótipo.


  • Com alteração de sentido: Na qual o codão sofre substituição de bases alterando assim a mensagem inicial.



  • Sem sentido: Em que o codão mutado da origem a uma molecula maior ou menor que o normal, ou converte-se num codão stop que impede a tradução.




Mutações

Todas as mutações são alterações na sequencia de nucleótidos de DNA. Existem dois tipos de mutações genéticas: as mutações cromossómicas e as mutações genicas.

  • Mutações Génicas- As mutações génicas são as que alteram a informação de um gene através da inserção, substituição ou deleção de bases, podendo alterar uma sequência de aminoácidos codificada pelo gene, ou impedir que essa sequência seja produzida.

  • Mutações cromossómicas- Alteram a posição ou sentido de um segmento de DNA, sem remover qualquer informação genética, ou então causar a perda de um segmento de DNA.