sexta-feira, junho 08, 2007

Poluição do ar mata quatro mil portugueses por ano

Todos os anos morrem quatro mil portugueses, vítimas da poluição atmosférica. O alerta vem de um estudo da Comissão Europeia, que estima em mais de 300 mil o número de europeus que morrem prematuramente por ano, devido à má qualidade do ar que respiram.

Portugal ocupa a 13.ª posição no ranking dos países da UE onde a situação é mais preocupante.Segundo o relatório apresentado esta semana, a poluição é também responsável pela redução da esperança média de vida dos residentes dos estados-membros em cerca de nove meses.

Os especialistas calculam ainda que essa mesma poluição obrigue todos os anos cada trabalhador da UE a ficar meio dia em casa, por baixa médica. Gastos em saúde que custam aos países cerca de 80 biliões de euros.Na origem de 288 mil mortes prematuras está a inalação de partículas que resultam da queima de combustíveis fósseis. Mas não só. De acordo com o estudo, também os índices de concentração do ozono ao nível do solo contribuem para o problema, tirando a vida a 21 400 pessoas, todos os anos.

O país mais afectado pela poluição atmosférica é a Alemanha, onde morrem anualmente 65 088 pessoas devido ao problema. Seguem-se a Itália, com 39 436 vítimas mortais, e a França, com 36 868.

Poluição atmosferica




A poluição atmosférica resulta da emissão crescente de gases poluentes, provocam uma degradação dos ecossistemas devido aos depósitos de azoto e substâncias ácidas, não respeita fronteiras, por isso se trata de um problema local e transfronteiriço. Este tipo de poluição pode dar origem ao efeito estufa, alterações climatéricas, diminuição da qualidade do ar, problemas de saúde nos seres vivos como diversas doenças respiratórias, diversos tipos de cancros, etc.

As principais fontes de poluição atmosférica são, mais uma vez, causadas pela actividade do Homem. A ctividade industrial é a principal contribuinte para a poluição da atmosfera libertando diversos gases toxicos que contribuem para o efeito de estufa, as chuvas acidas e a destruição da camada do ozono. Os meios de transporte utilizados pelo homem e os gases toxicos libertados na lixeiras são outras fontes poluidoras poluidoras da atmosfera.

portanto entre as mais graves consequências da poluição atmosférica temos:




O “efeito estufa”

O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante das combustões de produtos ricos em carbono em centrais eléctricas e no aquecimento doméstico, provoca o aumento da temperatura da atmosfera uma vez que retém o calor e impede que este se expanda para o espaço.
Consequências: aquecimento global da Terra, alterações no clima e a subida do nível do mar.






As “chuvas ácidas”

O dióxido de enxofre, resultante das combustões em centrais eléctricas e dos gases emitidos pelos escapes dos veículos motorizados, quando se dissolve na água presente na atmosfera forma gotículas de ácido sulfúrico. Quando chove, estas substâncias são transportadas para a superfície terrestre.
Consequências: doenças respiratórias graves, destruição de florestas, corrosão de materiais, alteração das características naturais do solo e da água, podendo levar à morte alguns seres vivos.






A diminuição da camada de ozono

O ozono constitui uma barreira protectora das radiações nocivas do Sol (radiações ultravioleta) e protege a vida na Terra.
A diminuição da camada de ozono deve-se fundamentalmente à libertação de CFC, um composto químico utilizado nos refrigeradores dos frigoríficos e arcas frigoríficas, aparelhos de ar condicionado e aerossóis.
Consequências: problemas respiratórios, queimaduras, cancro de pele. Se sofrer danos é posta em causa a sobrevivência da vida na Terra.

Poluição da agua

A poluição da água é qualquer alteração das suas propriedades físicas, químicas ou biológicas, que possa prejudicar a saúde, a segurança e o bem-estar das populações, causar dano à flora e à fauna, ou comprometer o seu uso para fins sociais e económicos.


PRINCIPAIS FONTES DE POLUIÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

As principais fontes de poluição dos rios, lagos, ribeiros e toalhas de água - águas superficiais e subterrâneas, são as águas residuais resultantes da indústria, da agricultura e das actividades domésticas.

As águas residuais estão carregadas de sais minerais, substâncias não bio-degradáveis, fertilizantes, pesticidas, detergentes e micróbios. A principal consequencia é que a poluição torna a água imprópria para abastecimento público e põe em causa a vida dos seres vivos que habitam os rios, ribeiros e lagos.

Nos oceanos os acidentes com petroleiros que derramam petróleo para o mar e provocam as “marés negras”, a queima de resíduos no alto mar, a lavagem de porões dos cargueiros e petroleiros, os derramamentos tóxicos das indústrias feitos directamente para as praias ou costas, o despejo de lixo radioactivo das centrais nucleares, o funcionamento dos barcos a motor são alguns contribuintes para a poluição.


É importante salientar que a agua doce disponivel no nosso planeta é muito pequena comparado as necessidades do consumo actual e para agravar a situação uma grande parte desta agua doce esta poluida sendo portante obvio o grave problema que devemos enfrentar.

Poluição dos solos

A poluição do solo é definida pela adição no solo, de materiais que podem modificar qualitativa e quantitativamente as suas características naturais. A maioria dos resíduos sólidos provenientes de aglomerados urbanos, de actividades industriais e a utilização de fertilizantes e pesticidas para a actividade agrícola, que ainda é depositada no solo sem qualquer controle e tratamento.
Os solos são facilmente poluíveis, na medida em que estão sujeitos a uma acção mais imediata por parte do homem. Para se alimentar, o Homem derruba florestas, esgota os solos com agriculturas e pastagens intensivas, deixando-os desprotegidos e sujeitos à acção da erosão. Fertilizantes, pesticidas, lixo, substâncias radioactivas e tantos outros poluentes sao factores contaminantes do solo.

Principais contaminantes do solo

O solo actua frequentemente como um "filtro", tendo a capacidade de depuração e imobilizando grande parte das impurezas nele depositadas. No entanto, essa capacidade é limitada, podendo ocorrer alteração da qualidade do solo, devido ao efeito cumulativo da deposição de poluentes.

Os principais contaminantes são:


Os resíduos sólidos provenientes dos centros urbanos (Lixos domésticos) e dos esgotos.
O problema da poluição pode acentuar-se quando estes resíduos são depositados de forma inadequada, ou seja, sem qualquer controlo (ex.: Aterros sanitários). Ignorando assim as repercussões a nível ambiental.

· O uso excessivo e descontrolado de pesticidas e fertilizantes na actividade agrícola, que alem de poluir os solos acabam por poluir os lençóis freáticos.

· A actividade industrial. Esta contribui a larga escala para a poluição dos solos, da água e da atmosfera, com a produção de resíduos perigosos do tipo radioactivo entre outros.




Conservação de Alimentos

A produção de alimentos, sua conservação e distribuição são, de longa data, problemas estratégicos a serem resolvidos com a máxima urgência, pois como se sabe, o crescimento populacional é mais acelerado do que o da disponibilidade de alimentos.

Tipos de Tratamentos para Conservação de Alimentos

Os processos de conservação têm por objetivo evitar as alterações nos alimentos, sejam elas de origem microbiana, enzimática, física ou química. Os tipos de tratamento existentes são:





Conservação pelo calor;
Conservação pelo frio;

Conservação pelo controle da humidade;

Conservação pela adição de um soluto;

Conservação por defumação;

Conservação por fermentação;

Conservação pela adição de aditivos;

Conservação pelo uso da irradiação.


1- Conservação pelo Calor:

Baseia-se no emprego de temperaturas ligeiramente acima das máximas que permitem a multiplicação dos microrganismos, de forma a provocar a sua morte ou a inativação de suas células vegetativas. Ex Pasteurização



2 - Conservação pelo Frio:

Temperaturas abaixo das que se tem registrados no ambiente são utilizadas para retardar as reações químicas e as atividades enzimáticas, bem como para retardar ou inibir o crescimento e a atividade dos microrganismos nos alimentos. (Refrigeração, Congelamento )


3 - Conservação pelo Controle da humidade:

  • Secagem natural

  • Desidratação ou secagem artificial
4 - Conservação pela Adição de Solutos: tal como a adição de sal ou de açucar.

A adição elevada de quantidades de açúcar ou sal ao alimento pode reter quantidades variadas de água, o que resulta em um estado qualificado como pressão osmótica. A preservação de frutas pela adição de açúcar, transformando-se em geléia, doces em massa e outros produtos similares ocorre pela elevada concentração de açúcar. Estes produtos contêm em média de 25 a 33% de umidade, mas podem ser conservados sem maiores problemas. O sal também é bastante eficaz na preservação de carnes e peixes.


5 - Conservação por Defumação:

Consiste no processo de aplicação de fumaça aos produtos alimentícios, produzida pela combustão incompleta de algumas madeiras previamente selecionadas. Normalmente é realizado em conjunto com a salga, a cura, a fermentação e outros processos. Em carnes, o contato com o calor e a fumaça provocam a perda da água, a superfície fica ressecada e a coloração estabilizada. A perda de água e a ação dos constituintes da fumaça conferem ao alimento barreiras físicas e químicas eficientes contra a penetração e a atividade de microorganimos. Essa capa protetora pode ser devido à desidratação que se processa na superfície do produto, principalmente na defumação a quente, à coagulação protéica que ocorre durante a defumação e ao depósito das substâncias antimicrobianas que existem na fumaça, que se condensam e ficam depositadas na superfície do produto.

6 - Conservação por Fermentação:

É um processo que utiliza o crescimento controlado de microrganismos selecionados, capazes de modificar sua textura, sabor e aroma, como também suas propriedades nutricionais. ( fermentação alcoolica, lactica ou acética.)

8 - Conservação pelo Uso da Irradiação:

O emprego da irradiação, sob ponto de vista tecnológico, satisfaz plenamente o objetivo de proporcionar aos alimentos, a estabilidade química e microbiológica, condições de sanidade e longo período de armazenamento.
O uso comercial da radiação ionizante na preservação de alimentos é relativamente recente, embora os primeiros estudos e idéias de aplicabilidade do método, remotam do início do século passado.

quarta-feira, junho 06, 2007

Enzimas: biocatalisadores de grande importância


Actividade Enzimática

Metabolismo Celular – conjunto de reacções químicas que ocorrem numa célula. É através do metabolismo que é feita a gestão de recursos materiais e energéticos da célula. O metabolismo celular inclui reacções de:



Catabolismo – moléculas complexas são convertidas em moléculas mais simples, com libertação de energia.


Anabolismo – síntese de moléculas complexas a partir de moléculas simples, com gasto de energia.

As reacções de catabolismo e anabolismo relacionam-se de tal forma que a energia libertada pelas primeiras é utilizada nas segundas.

Para que ocorra uma reacção química, tem de se verificar a ruptura de ligações químicas nas moléculas dos reagentes e a formação de novas ligações químicas que dão origem aos produtos de reacção. A energia necessária para uma reacção química se iniciar é a energia de activação (Ea).
A absorção de energia torna as moléculas dos reagentes instáveis, aumenta a sua energia cinética e a probabilidade de colidirem e aumenta a agitação dos átomos, enfraquecendo as ligações entre eles; atinge-se um estado de transição a partir do qual a reacção química é iniciada.

A energia de activação é a energia que é necessário fornecer para que se inicie uma reacção.

As enzimas são biocatalisadores que intervêm no metabolismo celular. Estes catalisadores biológicos aceleram a velocidade da reacção, ou seja, aumentam a taxa de transformação reagente – produto.

· Diminuem a energia de activação aumentando assim a velocidade da reacção química.

· Não alteram os equilíbrios químicos das reacções que catalizam nem são destruídas durante o processo.

· A sua actividade é influenciada pela presença de outras substancias, pela temperatura e pelo PH.

· São moléculas proteicas.

A actividade enzimática das fermentações é essencial na produção de alimentos e de vários produtos utilizados no nosso dia a dia.


Apesar de já utilizar a técnica da fermentação a vários milhares de anos só no decorrer do último século é que o homem compreendeu os processos bioquímicos da fermentação para a produção de determinados alimentos.
Através da fermentação é possível obter produtos alimentares como o queijo, o vinho, a cerveja, o vinagre e o pão entre outros...mas é também possível obter antibióticos, álcool industrial derivados do leite, produtos de panificação diversificados etc.

Os produtos finais da fermentação dependem do tipo de fermentação usado para a sua produção. Existem diferentes tipos de fermentações;

Fermentação alcoólica: realizada por leveduras em que a glicose é transformada em etanol. É a base para a produção de bebidas alcoólicas (vinho, cerveja, whisky…) e na produção de pão.

Fermentação láctica: realizada por certos fungos e bactérias ocorrendo produção de acido láctico. É utilizada para a produção de iogurtes e queijos.


Fermentação acética: não é uma fermentação propriamente dita. É uma oxidação do etanol para dar origem a acido acético. É utilizada para a produção de vinagre.

Papel dos microrganismos na industria alimentar



A já vários séculos que o Homem utiliza microrganismos na produção de alimentos, no entanto o domínio desta técnica estava muito limitado e não havia um conhecimento aprofundado do uso de microrganismos na produção alimentar. Ao longo do tempo aprendemos a aperfeiçoar o uso de microrganismos para melhor tirar proveito dele na produção alimentar.
O aumento da necessidade de produção alimentar para responder a uma população mundial em constante crescimento fez com que os microrganismos sejam essências na indústria alimentar e por consequente, para o Homem.

sábado, março 24, 2007

Alergias




O que são alergias?

Chama-se alergia a uma sensibilidade anormal do organismo a algo que se come, inala ou se contacta, e que se pode manifestar por diversos sintomas e sinais. Normalmente o sistema imunitário, que serve para o organismo detectar e combater as substâncias ou microorganismos como bactérias ou vírus que podem ser perigosos, consegue distinguir entre aquilo que lhe é prejudicial e o que é inofensivo ou até útil e portanto não necessita ser combatido.

Nas pessoas que sofrem de alergias o sistema imunitário pode por vezes "enganar-se" e lançar um ataque a uma substância perfeitamente inofensiva como por exemplo pólen, pêlos de animais, certos alimentos ou medicamentos.

Embora muitas alergias não passem apenas de manifestações mais ou menos incómodas, podem por vezes, no entanto, tornar-se potencialmente perigosas para a saúde e necessitar de vigilância e tratamento rigorosos.

Basicamente uma reacção alérgica é o que acontece quando o sistema imunitário desenvolve uma defesa contra aquilo que julga ser um invasor hostil para o organismo. Primeiramente existe uma fase chamada sensibilização em que a pessoa é exposta ao alergeno (substância que provoca a alergia), e durante a qual são produzidos os anticorpos - substância químicas formadas em certos tipos de glóbulos brancos do sangue - e cuja principal função é combater a infecção e outros invasores do corpo. Nas situações de alergias o que acontece é que são fabricados anticorpos que vão combater substâncias inofensivas como um dado alimento, medicamento ou mesmo bactéria.

O nosso organismo produz cinco diferentes classes de anticorpos ou imunoglobulinas: IgA, IgM, IgG, IgD e IgE, cada uma destinada a determinado tipo de funções. As implicadas na reacção alérgica são as IgE que se ligam aos alergenos e a dois tipos de células, os mastócitos (que se encontram no nariz, pele, pulmões e zona gastro-intestinal) e os basófilos (circulando maioritariamente no sangue). Existem também outras células, os eosinófilos, que sendo atraídos para a zona afectada reforçam a reacção alérgica causando inflamação e inchaço.

São estas células, estimuladas pelas imunoglobulinas, que libertam uma série de produtos mediadores que vão causar o prurido, espirros, corrimento nasal, e os outros sintomas das alergias. Entre esses mediadores o mais conhecido é a histamina. Geralmente os sintomas vão-se localizar na zona por onde o alergeno fez a sua entrada. Nos pulmões se for aspirado, na pele se for por contacto directo, nos intestinos se for ingerido um alimento a que se é alérgico.

Cientistas descobrem como HIV afecta as células do sistema imunitário







Um grupo de cientistas dos EUA e da África do Sul descobriu como o vírus da Sida afecta células do sistema imunitário que deviam atacar a infecção, revela um estudo publicado na Nature.

Os investigadores do Massachusetts General Hospital, Bóston, EUA, e da University of KwaZulu-Natal, África do Sul, descobriram o mecanismo molecular que torna ineficaz a reacção do vírus, bem como a forma de restaurar as células imunitárias. Esta descoberta poderá ajudar a perceber o facto de o sistema imunitário não conseguir combater o HIV.

Para a realização do estudo agora feito foram recolhidas amostras de sangue de 71 pessoas infectadas com o HIV que ainda não tinham começado os tratamentos com anti-retrovirais, na região de Durban, na África do Sul.

Os cientistas verificaram que o HIV inibe o funcionamento das células T do sistema imunitário, que, em circunstâncias normais, atacariam o vírus. De acordo com os cientistas, em causa estão as células CD8, uma molécula que o vírus usa como porta para as invadir. Quando o HIV se acumula no sangue, as células CD8 começam a produzir em demasia uma molécula receptora, chamada «morte programada 1» (PD1), que se instala na sua superfície e a torna mais fraca e com menor capacidade de produzir produtos químicos, como as citoquinas, que atacam o vírus. Logo, as CD8 deixam de funcionar como sentinelas.

Os autores do estudo concluíram que os anti-retrovirais não conseguem colmatar essa disfunção. Contudo, as células acabaram por ser recuperadas após o uso de anticorpos que bloqueiam a molécula receptora PD1.

Fontes: Público e Imprensa Internacional

Estudo publicado na Nature 10 de Novembro 2006

sexta-feira, março 23, 2007

Sistema imunitario

Conjunto de diversos tipos de células e orgãos que protegem o organismo de potencias agentes agressores biológicos. Este sistema também é responsável pela vigilancia e destruição de celelas envelhecidas ou anormasi (cancros) do proprio organismo.


Os constituintes do sistema imunitário são:
  • Os diferentes tipos de leucócitos e macrofagos
  • A medula vermelha dos ossos e o timo, onde se formam os leucocitos.
  • O baço, os ganglios linfaticos, a apêndice, as amigdalas é onde se concentram os leucocitos

Existe três tipos de fagocitos (celulas que destroiem os agentes patogénicos "engolindo-os") :


  • Neutrófilos- São os fagócitos mais abundantes na corrente sanguínea, têm a capacidade de reconhecer e atacar agentes patogénicos em tecidos infectado
  • Monócitos- Diferenciam-se em macrófagos com um tempo de vida superior podendo assim destruir um numero superior de agentes patogénicos.
  • Eosinófilos- tem como principal função matar parasitas.

Temos também os linfócitos que são os principais responsáveis pela defesa especifica, estes dividem-se em linfócitos T e linfócitos B e combatem de forma mais eficaz o agente invasor.

Arroz com vitamina A

Engenharia Genética manipula planta do arroz


Dois cientistas alemães, entregaram as primeiras sementes de uma planta do Arroz geneticamente modificada ao Instituto do Arroz Filipino em Los Banos. Peter Beyer (Universidade de Freiburg) e Ingo Potrykus (Escola Superior Técnica de Zurique) dedicaram 10 anos das suas vidas no desenvolvimento desta planta.


Espera-se que este Arroz "dourado" (devido a seu alto teor em beta-carotenos, precursores da Vitamina A) possa num futuro próximo reduzir as carências vitamínicas nos continentes Africano e Asiático. Segundo a O.M.S. (Organização Mundial da Saúde) morrem todos os anos 1 a 2 milhões de crianças, e cerca de meio milhão perde a visão devido à carência em vitamina A . Este Arroz deverá ser distribuído gratuitamente entre os agricultores da região.
Fonte: mni.pt

Biotécnologia

Vacinas do futuro serão o fruto da «tecnologia dos transgénicos»
Último avanços na área são muito prometedores, afirmam cientistas
A engenharia genética, normalmente criticada por grupos ambientais e consumidores pelo seu papel na alteração de alimentos, pode ter encontrado um nicho capaz de ajudar a salvar a vida de milhões de pessoas afectadas pela maioria das doenças endémicas do mundo.
Com o uso das técnicas utilizadas na biotecnologia que incorporam genes úteis na variedade quase ilimitada de plantas comuns, desde o tabaco até à batata ao tomate ou até à banana, os cientistas pretendem criar vacinas baratas, permanentes e comestíveis para combater várias doenças.
Doenças como a cólera, a tuberculose e a hepatite são responsáveis pela morte de milhões de pessoas todos os anos, incluindo muitas crianças em países em desenvolvimento. Por isso, são vários os laboratórios em todo o mundo que se voltaram para o desenvolvimento de vacinas a partir de componentes que podem ser extraídos a partir de plantas alteradas. Actualmente, a grande esperança, realista segundo a comunidade científica, é de que a luta da humanidade contra a malária, que já dura há séculos, pode estar perto do fim com a descoberta no ano passado do primeiro mosquito transgénico do mundo.
Até agora, a enorme variedade de aplicações potenciais da biotecnologia na luta contra as doenças parece não ter uma finalidade óbvia. «Estas tecnologias são muito recentes e não sei quando teremos vacinas disponíveis comercialmente. Mas a verdade é que esta possibilidade é fascinante.» Estas afirmações são de Mike Steward, imunologista na London School of Hygiene and Tropical Medicine.
Os cientistas podem, por exemplo, inserir genes do veneno de uma aranha em cereais como o milho tornando a planta resistente a insectos e a aves que dela se alimentam ou inserir genes de espécies específicas de peixes em tomateiros para estender a época de crescimento ao Inverno.
No que diz respeito ao desenvolvimento de vacinas, o último avanço neste domínio refere-se ao isolamento de uma proteína não-tóxica a partir do veneno de um escorpião comum em alguma zonas do Brasil. Quando essa proteína foi injectada em animais, provou ser uma potencial vacina na medida em que ela forneceu uma forte imunidade contra o veneno desse escorpião.
O problema é que a quantidade de proteína que pode ser extraída é muito limitada, pelo que, de momento, só será possível produzir a vacina para um número muito restrito de pessoas. De acordo com os investigadores, apenas as pessoas mais expostas ao perigo de serem picadas por escorpiões daquela espécie poderão ser vacinadas numa primeira fase.
Fonte: mni.pt

quinta-feira, março 22, 2007


Síndrome de Down


O que é?

O síndrome de Down ou trissomia 21 (vulgarmente conhecido por "mongolismo") é uma doença genética que atinge em média 1 em cada 700 recém-nascidos e que resulta da existência de um cromossoma 21 em excesso.



Quais são as causas?


A trissomia 21 pode ser denominada simples, quando existem 3 cromossomas 21 separados ou então resultar de um cromossoma 21 a mais que se encontre "colado" a outro cromossoma (translocação).A primeira situação é a mais frequente e é consequência de um erro na divisão das células sexuais, ficando uma delas (óvulo ou espermatozóide) com um cromossoma 21 em excesso, pelo que resultam 47 cromossomas no final. As razões deste erro não são conhecidas, mas como é uma situação acidental o risco de recorrência numa gravidez é mínimo. A trissomia por translocação é uma situação rara, resultando também de um erro na divisão das células sexuais, mas o cromossoma 21 a mais "cola-se" num outro cromossoma e por isso apresentam um total de 46 cromossomas. O risco de ter um filho com síndrome de Down aumenta com a idade da mãe, sendo por exemplo de 1:1578 aos 15 anos de 1:6 aos 50 anos.


Fonte:Dra. Elisa Proença Fernandes - PediatraMNI

Mutações cromossómicas

As mutações cromossomicas podem ocorrer quer em autossomas quer em cromossomas sexuais, e podem desencadear um conunto de sintomas, globalmente designado por síndrome.
Nas mutações cromossómicas estruturais mantem-se o numero de cromossomas mas ocorrem perdas, ganhos ou rearranjos de determinadas porções de crmossomas. Existem quatro tipos de mutações cromossómicas estruturais diferentes:
  • Delecção- Perda de material cromossómico. Tem frequentemente consequencias graves, excepto se afectar genes não necessários.
  • Translocação- Transferencia de material de um cromossoma para outro não homologo (translocação simples) ou troca de segmentos entre dois cromossomas não homologos(translocação reciproca).
  • Duplicação- Adição de um segmento cromossomico resultante de um cromossoma não homologo, duplicando-se um conjunto de genes.
  • Inversão- Rotação d 180º de um segmento cromossomico em relação a posição normal, com inversão da ordem dos genes.

Nas mutações cromossómicas numéricas envolve a falta ou excesso de cromossomas para determinadas caracteristicas.

  • Euploidia- O cariótipo apresenta um numero normal de cromossomas.
  • Aneuploidia- O cariótipo, num determinado par de homologos apresenta anomalias, por excesso ou por defeito no numero de cromossomas.
  • Poliploidia- Todo o conjunto de cromossomas é multiplicado.

Dentro das mutções cromossómicas numericas Aneuploides existe ainda:

  • Trissomia- O individuo apresenta não um par mas três cromossomas para a mesma caracteristica.
  • Monossomia- Para um determinante par o individuo possui apenas um cromossoma.
  • Nulissomia- Não ha nenhum cromossoma para uma determinada caracteristica.
Mutações génicas (continuação)

As mutações génicas podem ser:
  • Silenciosas: Em que o codão mutado codifica o mesmo aminoacido, não afectando assim o fenótipo.


  • Com alteração de sentido: Na qual o codão sofre substituição de bases alterando assim a mensagem inicial.



  • Sem sentido: Em que o codão mutado da origem a uma molecula maior ou menor que o normal, ou converte-se num codão stop que impede a tradução.




Mutações

Todas as mutações são alterações na sequencia de nucleótidos de DNA. Existem dois tipos de mutações genéticas: as mutações cromossómicas e as mutações genicas.

  • Mutações Génicas- As mutações génicas são as que alteram a informação de um gene através da inserção, substituição ou deleção de bases, podendo alterar uma sequência de aminoácidos codificada pelo gene, ou impedir que essa sequência seja produzida.

  • Mutações cromossómicas- Alteram a posição ou sentido de um segmento de DNA, sem remover qualquer informação genética, ou então causar a perda de um segmento de DNA.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Genoma dos neandertais mostra que não são nossos avós.


"É um debate que dura há 150 anos: o homem de Neandertal é, ou não, nosso avô? Mais do que não haver consenso, o assunto tira do sério muita gente na comunidade científica."

"Testaram ossos e dentes de mais de 70 Neandertais encontrados na Europa e Ásia ocidental, à procura de amostras que não estivessem contaminadas por ADN de humanos modernos. Obtiveram-nas do fóssil com 38 mil anos, descoberto em 1980 na gruta de Vindija, na Croácia. "

"As equipas lançaram-se na recuperação de ADN da amostra, tarefa difícil por o material antigo estar muito fragmentado, e na determinação da sequência em que surgem as quatro letras do alfabeto genético (A de adenina, T de timina, C de citosina, e G de guanina). Avanços nas técnicas de sequenciação permitiram ao grupo de Pääbo recuperar mais de um milhão de pares de bases, como se chamam às letras emparelhadas do ADN, já que o A anda sempre com o T e o C com o G. Tal como o genoma do homem moderno, o dos neandertais deverá ter 3000 milhões de pares de bases, por isso este trabalho é o início de uma tarefa ambiciosa, que é a sequenciação da molécula inteira."

"Fizeram comparações com os genomas do chimpanzé, que serviu de referência, e o dos humanos modernos, incluindo um catálogo de semelhanças e diferenças genéticas da nossa espécie. Uma das conclusões é que o genoma dos neandertais é muito idêntico ao do homem moderno. Assemelham-se em 99,5 por cento, senão mesmo em 99,9 por cento, referiu Rubin na conferência conjunta que deu com Pääbo nos Estados Unidos. Afinal, ambos pertencem ao género Homo.Nalgumas coisas todos concordam: já não existem neandertais, os últimos desapareceram há 28 mil anos na Península Ibérica, depois de os dois tipos de homens terem coexistido milhares de anos na Europa. Os homens modernos vieram de África, e espalharam-se por todo o planeta. O que divide tantos os cientistas? Uns consideram que os neandertais têm de ter transmitido os seus genes aos humanos modernos. Portanto, fazem parte dos nossos antepassados. Como são os hominídeos extintos mais parecidos connosco, é o mesmo que dizer que são nossos avós, e para isso neandertais e humanos modernos tiveram de fazer amor. Para outros, os humanos modernos chegaram à Europa vindos de África, há cerca de 40 mil anos, e simplesmente dizimaram os neandertais. Para este cientistas, fizeram guerra e não amor."

"Mas, a haver mistura, nem foi como poderia pensar-se: “Há indicação de que o fluxo genético foi do homem moderno para o Neandertal, e não o contrário, em que toda a gente está interessada”, disse Pääbo na conferência."

Teresa Firmino, in Publico - 15/11/2006

Gregor Mendel




As leis da hereditariedade sobre as quais a moderna ciência da genética está baseada foram descobertas por um monge austríaco chamado Gregor Mendel. Apesar de sua importância, as descobertas de Mendel permaneceram desconhecidas por mais de 30 anos após ele ter completado os seus experimentos - embora seus artigos científicos tenham estado disponíveis nas maiores bibliotecas da Europa e dos Estados Unidos da América.
Johann Mendel nasceu em 22 de julho de 1822, em Heinzendorf, Áustria. Ele recebeu o nome de Gregor quando ele entrou para o monastério em Brünn, Moravia (agora Brno, República Tcheca) em 1843. Ele estudou dois anos no Philosophical Institute em Olmütz (agora Olomouc, República Tcheca), antes de ir para Brünn. Ele tornou-se padre em 1847. Em 1868 Mendel foi eleito abade do monastério. As experiencias de Mendel com as ervilhas de jardim iniciaram-se em 1856 nos jardins do monastério onde ele vivia. Ele propôs que a existência de características tais como as cores das flores é devido a ocorrência de um par de unidades elementares de hereditariedade, agora conhecidas como genes. Mendel apresentou seu trabalho para uma sociedade de ciência natural local em 1865 em um artigo intitulado "Experiments with Plant Hybrids." As tarefas administrativas após 1868 manteve-o tão ocupado que ele não pode dar continuidade as suas pesquisas. Ele viveu o resto da vida em relativa obscuridade, morrendo em 6 de janeiro de 1884. Em 1900, pesquisas independentes realizadas por outros pesquisadores confirmaram os resultados de Mendel.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Infertilidade


O que é a infertilidade?A infertilidade é uma incapacidade temporária ou permanente em conceber um filho e em levar a termo uma gravidez até ao parto. É um problema comum que ataca homens e mulheres, proveniente de motivos internos ou ou da exposição a diversos factores da vida social. A infertilidade é provocada pelas diferentes causas apresentadas na imagem seguinte:





A probabilidade de ocorrer uma gravidez num casal fertil após um ano com relações sexuais activas é de 90%. Se após um ano de relacionamento sexual activo um casal não consguir ter filhos é aconselhavel que procure ajuda médica e que faça exames para que encontre a causa do problema em questão. Apesar da maioria dos problemas serem de ordem orgânica ha também factores psicologicos como o stress que podem provocar infertilidade.

Métodos contraceptivos

Não faz sentido arriscar, se temos a disposição diversas formas de evitar uma gravidez indesejada ou pior ainda, ficar afectado por uma doença sexulamente transmissivel.

A contracepção pode ser realizada de três formas:

  1. Evitando a produção e libertação de gametas das gónadas.
  2. Impedindo a fecundação.
  3. Impedindo a nidação.

Para tal podemos dizer que existem os metodos naturais e os metodos tecnologicos.

Os metodos naturais são:

  1. Método do calendário - Resulta no controlo do ciclo ovárico durante o período fertil ( entre o 12º e o 18º dias do ciclo) o casal abstém-se de ter relações sexuais.
  2. Método da Temperatura corporal - a temperatura corporal aumenta no dia seguinte a ovulação.
  3. Método do Muco - no quel se controla a viscosidade do muco que se torna mais fluido pouco antes a ovulação.

Os metodos tecnologicos são:

  • A esteralização feminina e masculina - vasectomia no homem( corte e sutura nos canais deferentes impedindo a passagem dos espermatozoides para a uretra.) e a laqueação das trompas na mulher( corte e sutura das trompas de falopio impedindo o acesso aos espermatozoides.) . Estes processos são 100% seguros mas irreversíveis
  • O preservativo masculina e feminino - são metodos barreira muito eficazes, são tambem a unica protecção contra as doenças sexualmente transmissiveis (DST)
  • O diafragma - metodo barreira pouco eficaz quando utilizado sozinho (é geralmente utilizado com espermicida.)
  • O Dispositivo intra-uterino (DIU)- Impede a implantação do embrião.
  • O coito interrompido - consiste em retirar o pénis antes da ejaculação mas este metodo é muito pouco fiável ja que ocorre libertação em pequenas quantidades de espermatozoides antes da ejaculação.

Metodos contraceptivos quimicos

  • A pilula - liberta hormonas para inibir a maturação dos foliculos e por consequente dos oócitos. Muito eficaz quando bem administrada.
  • espermicida- consiste em matar os espermatozoides apos a ejaculação.
  • Implante de progestina- tem o mesmo funcionamento da pilula mas este não depende do utlizador.
  • A pilula do dia seguinte - esta pilula não deve ser considerada como metodo contraceptivo regular mas sim como contraceptivo de urgencia pois pode causar problemas de saúde. Impede a nidação.

Nota: É importante salientar que o unico metodo contraceptivo que protege o utilizador das doenças sexualmente transmissíveis é o preservativo.



Fecundação
Depois da ejaculação, ocorrida durante o acto sexual, milhões de espermatozoides iniciam uma "viagem" que tem para unico objectivo alcançar o oócito para que ocorra fecundação. Apenas algumas centenas conseguem chegar ao oócitos, os restantes eram demasiados fracos ou com problemas a nivel estrutural para ultrapassar as barreiras como as secreções acidas produzidas pela vagina e pelo colo do utero. A fecundação do óvulo resulta da união do núcleo do óvulo com o núcleo de um espermatozóide que libertou a sua carga genética depois de romper a coroa radiada e a zona pelúcida.
  • Sistemas reprodutores masculinos e femininos.

-Sistema reprodutor feminino (Básico)

O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários ( é nso ovários que são produzidos os oócitos e é também aqui que, ao longo da vida da mulher vão sofrer um processo de maturação.), duas Trompas de Falópio, pelo útero, pelo endométrio, pelo colo do utero e pela vagina

Os orgãos sexuais femininos produzem os oócitos e recebem os espermatozoides para uma eventual fecundação, caso esta aconteça é no útero que o embrião é nutrido e se vai desenvolver.

-Sistema reprodutor masculino (Básico)

O sistema reprodutor masculino é constituido pelo Pénis, pelos testiculos que estão contidos no escroto, pelos epididimos, pela prostata,pela vesicula seminal, pela glandula de cowper e pelos canais deferentes.


A produçao dos espermatozoides é feita nos testiculos e sofrem a maturação final nos epididimos. Durante a ejaculação o esperma que é formado pelos espermatozoides, pelo liquido prostático e pelo liquido seminal é expulso pela uretra e depositado na vagina para que ocorra fecundação.